sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Livro "O Gene Egoista" - Richard Dawkins - A biologia explicando seus sentimentos



O Livro “O Gene Egoísta”, de Richard Dawkins é um Best-seller da ciência. O autor, é um dos maiores cientistas da atualidade, respeitado mundialmente como um dos melhores dentro da comunidade cientifica. Ganhador de inúmeros prêmios sobre trabalhos relacionados à genética.

Segundo ele, o organismo é apenas uma "máquina de sobrevivência" do gene, cujo objetivo é a sua auto-replicação e onde a espécie onde ele existe é a "máquina" mais adequada a essa perpetuação. Analisando o comportamento de algumas espécies animais, Dawkins explica que o altruísmo que se observa em muitas espécies não é contraditório com o egoísmo do gene, mas contribui para a sua sobrevivência.

O livro descreve como nossos sentimentos, instintos e mesmo nosso lado racional foram projetados pela natureza para evoluirmos até os dias atuais.

Diria que se você não leu esse livro, não há como entender como de fato a vida funciona.

Abaixo, algumas passagens interessantes do livro :

“Em geral, os machos deveriam ter a tendência a serem mais promíscuos do que as fêmeas. Como a fêmea produz um número limitado de óvulos a uma velocidade relativamente baixa, ela tem pouco a ganhar em ter um grande número de copulações com machos diferentes. O macho, por outro lado, que pode produzir milhões de espermatozóides por dia, tem muito a ganharem ter tantos acasalamentos promíscuos quanto possa conseguir. Copulações em excesso poderão não custar muito, realmente, a uma fêmea, além de um pouco de tempo e energia desperdiçadas, mas não lhe dão nenhum benefício positivo. Um macho, por outro lado, nunca terá tido copulações em número suficiente, sempre deverá procurar o maior número possível de fêmeas diferentes: a palavra excesso não tem significado para um macho.”


“O que, no fundo,define uma fêmea?(...)Há, no entanto, uma característica fundamental dos sexos que pode ser utilizada para rotular os machos de machos e as fêmeas de fêmeas em todos os animais e plantas. Esta característica é que as células sexuais ou "gametas" dos machos são muito menores e mais numerosos do que os gametas das fêmeas. Isto ocorre quer estejamos lidando com animais, quer com plantas.”

“Do ponto de vista de uma fêmea tentando escolher bons genes com os quais associar os seus próprios, o que está ela procurando? Uma coisa que ela quer é evidência de habilidade para sobreviver. Obviamente, qualquer parceiro que esteja cortejando-a provou sua habilidade para sobreviver pelo menos até a idade adulta, mas ele não provou necessariamente que pode sobreviver muito mais tempo. Uma política bastante boa para uma fêmea seria empenhar-se em obter homens velhos. Quaisquer que sejam suas desvantagens, eles pelo menos provaram que podem sobreviver e a fêmea provavelmente estará associando seus genes a genes para longevidade. Não adianta, no entanto, garantir que seus filhos vivam muito se eles também não lhe derem muitos netos. A longevidade não é evidência prima facie de virilidade. Um macho longevo, de fato, poderá ter sobrevivido precisamente porque ele não se arrisca a fim de se reproduzir. Uma fêmea que selecione um macho velho não terá, necessariamente, mais descendentes do que uma fêmea rival que escolha um jovem o qual mostre alguma outra evidência de genes bons.”

“Se um macho puder demonstrar sua superioridade sobre outros machos de maneira que não seja necessário colocar-se deliberadamente em desvantagem, ninguém duvidará que possa, assim, ampliar seu sucesso genético.”


“Trivers considerou as possíveis linhas de ação abertas a uma mãe abandonada por seu parceiro. O melhor para ela seria tentar enganar outro macho e fazê-lo adotar seu filhote, "pensando" ser o dele. Isto poderá não ser muito difícil se o filhote ainda for um feto, ainda não nascido. Evidentemente, o filhote carrega metade dos genes da mãe, mas não carrega nenhum gene do pai adotivo ingênuo. A seleção natural puniria severamente tal ingenuidade nos machos e, de fato, favoreceria machos que tratassem de matar quaisquer filhos adotivos em potencial assim que se acasalassem com uma nova fêmea.”
 
“Os vários tipos diferentes de sistemas de reprodução que encontramos entre os animais- monogamia, promiscuidade, haréns, etc. - podem ser entendidos em termos de interesses conflitantes entre machos e fêmeas. Os indivíduos de cada sexo "querem" maximizar sua produção reprodutiva total durante suas vidas. Devido a uma diferença fundamental entre o tamanho e o número dos espermatozóides e dos óvulos, os machos, em geral, provavelmente se inclinarão à promiscuidade e ausência de cuidado paterno.”

Os machos, então, parecem ser criaturas bastante inúteis e baseando-nos apenas no "bem da espécie" poderíamos esperar que tornar-se-iam menos numerosos do que as fêmeas. Como um macho teoricamente pode produzir espermatozóides em número suficiente para manter um harém de 100 fêmeas, poderíamos supor que as fêmeas devessem superar os machos nas populações animais de 100 para 1. Outras maneiras de dizer isto seriam que o macho é mais "sacrificável" e a fêmea mais "valiosa" para a espécie.”

2 comentários:

  1. Esse livro eh realmente uma aula sobre a vida! Se voce não concorda com o que aqui esta escrito, voce precisa de ainda melhores argumentos dos que foram apresentados. E se conseguir isso, pode se considerar um serio candidato ao proximo premio nobel!!

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  2. Esse livro é de se tirar o chapéu!

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